A Prefeitura de Ourinhos, por meio da Secretaria de Saúde, participa entre os dias 10 a 15 de agosto da Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral. A medida é importante para evitar a disseminação da doença infecciosa transmitida pelo mosquito-palha.
Segundo dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde, Ourinhos não registrou nenhum caso autóctone (contraído na cidade) desde o início do levantamento em 1999. Entretanto, os moradores precisam manter os cuidados, pois cidades próximas da região, como Bauru e Marília contam com casos ativos nos últimos anos.
PREVENÇÃO
Segundo o diretor da Vigilância em Saúde em Ourinhos, Robert da Costa Ribeiro, a melhor forma de evitar a proliferação do mosquito é mantendo o quintal limpo, sem acúmulo de folhas, galhos, madeiras, restos de frutas e fezes de animais. Alguns cuidados adicionais também são necessários.
“Locais onde são feitos descartes irregulares de entulho e inservíveis podem se tornar criadouros. O morador também precisa manter seu quintal bem limpo. Não deve existir na área um excesso de árvores que dificulte a circulação de ar e excesso de sombra que dificulte a passagem de luz solar, pois é o local perfeito do mosquito-palha”, orienta.
SINTOMAS
A doença atinge animais domésticos, principalmente os cães, e também seres humanos. A taxa de mortalidade também é preocupante. Se não tratada, pode evoluir para óbito em 90% dos casos.
Os principais indícios de infecção nos cães são crescimento desordenado das unhas, queda de pelo ao redor dos olhos e do focinho, emagrecimento demasiado, crescimento do fígado e do baço, aspecto anêmico, além de manchas e feridas que não cicatrizam. Ao perceber qualquer um desses sintomas, o dono do animal deve procurar um médico veterinário para análise clínica adequada do cão.
TRANSMISSÃO
O transmissor da leishmaniose é o mosquito-palha infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. O inseto tem uma cor amarelada e possui hábito de voo no entardecer e durante a noite. Ele não voa muito longe, tendo o costume de ficar próximo às residências e aos animais, onde se alimenta de sangue.
O criadouro do mosquito-palha é diferente do local onde Aedes aegypti, transmissor da dengue, se reproduz. Enquanto o mosquito da dengue prefere locais com água parada, o mosquito-palha se reproduz em locais com acúmulo de matéria orgânica em decomposição.
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