O Hospital Covid tem sido fundamental para ajudar no tratamento dos pacientes com sintomas da Covid-19. A gestão municipal tem realizado um grande esforço financeiro para manter o serviço em pleno funcionamento este ano.
Porém, sem o apoio financeiro dos governos federal e estadual, existe o risco real de o Hospital Covid interromper o serviço a partir da segunda quinzena do mês de junho, quando encerra o contrato.
A Prefeitura de Ourinhos não tem medido esforços para tentar manter o hospital em funcionamento. Tanto que entre os entes federativos (União, Estado e Município), é o que mais investiu na unidade hospital.
Entre janeiro e maio de 2021, a atual gestão municipal aplicou R$ 6.138 milhões na manutenção do único hospital de campanha da região, representando 55,8% da média de gastos com o próprio hospital.
Já a média do governo estadual ficou em 24,54%, com o repasse de R$ 2.700 milhões e o governo federal com apenas 19,66%, o que representa o valor de R$ 2.162 milhões.
Uma questão importante é que o orçamento federal para 2021 é de R$ 4.300 trilhões e o estadual é de R$ 246 bilhões. Ou seja, o orçamento do município para este ano representa 0,22% do orçamento do Estado e apenas 0,1% do orçamento federal.
Desde que entrou em funcionamento, em abril de 2020, o hospital de campanha já atendeu mais de 2 mil pacientes. Hoje, com a pandemia na sua fase mais crítica, a unidade passou a ser referência também para serviço de pronto atendimento a pessoas com sintomas característicos da doença.
Um detalhe importante é que o hospital de campanha está com lotação máxima de leitos de enfermaria e de leitos de suporte a vida com todos os respiradores em uso. A situação é tão delicada que a unidade enfrenta dificuldades para manter pacientes em estado grave no hospital.
Preocupado com a situação, o prefeito Lucas Pocay tem trabalhado para manutenção do hospital de campanha. “Estamos articulando junto a deputados e representantes dos governos estadual e federal para conseguir o apoio financeiro e prorrogarmos o contrato de funcionamento do hospital, que tem sido fundamental para salvar vidas. Temos um orçamento limitado e já temos enxugado a máquina administrativa para focar investimentos no enfrentamento da pandemia”.