Ir para o conteúdo

A Prefeitura de Ourinhos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico promoveu nesta sexta-feira, 25, o Dia “D” de inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência e dos beneficiários reabilitados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

O Dia “D” contou com a presença da prefeita Belkis Fernandes, do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico José Claudinei Messias, do presidente da AIOR e proprietário da empresa Alliance Edenilson Natale, da coordenadora de RH da GSP Loteamento Elisângela Kasuya, da analista de RH da JBS Foods – Jacarezinho Rafaela Simioni Barros, da analista de RH da INJEX Michele Castilho, do coordenador de RH da UNIMED André Luiz Andreotti e da assistente social da AADF Edna Assis.

A prefeita Belkis Fernandes destacou a importância do Dia “D” para a conscientização dos empresários e para o crescimento das pessoas com necessidades especiais. “É importante destacar que a parceria da Prefeitura é através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, que já tem um trabalho constante com as empresas e indústrias. Este Dia é um dia de oportunidades e de atendimento exclusivo a essas pessoas juntamente com as empresas e com a AADF. Esse é um trabalho de sensibilidade junto aos empresários para que possam aderir e estejam de portas abertas às pessoas com deficiência, pois elas tem desejo e tem necessidades de serem reconhecidas”.

O secretário José Claudinei Messias também fez suas considerações e lembrou que a maior dificuldade encontrada hoje pelas empresas para a contratação dessas pessoas é a falta de qualificação profissional. “Hoje os empresários estão aqui e também as pessoas com necessidades especiais para que elas possam ser inseridas no mercado de trabalho. O dia D realmente tem uma importância muito grande de conscientização e acima de tudo nós vamos buscar sensibilizar o Governo pra que ofereça os cursos de qualificação para essas pessoas. A maior dificuldade hoje é a qualificação profissional”.

Para fazer a contratação de uma pessoa com necessidades especiais é preciso adequar a empresa e mantê-la longe de qualquer tipo de risco, como explica o empresário e presidente da AIOR (Associação das Indústrias de Ourinhos e Região) Edenilson Natale. “Nós empresários também encontramos algumas dificuldades para a contratação dessas pessoas. Temos que avaliar as condições do deficiente em relação às atividades da empresas, pois você não pode expor ele ao risco. Outra dificuldade é com relação a falta de qualificação deles, muitos chegam sem nenhuma formação, mas a empresa por sua vez, deve enviar essas pessoas para um centro de qualificação para que ela possa atuar corretamente na sua função”.

As entidades de Ourinhos também apoiam a inclusão profissional dos deficientes, tanto que possuem um projeto de empregabilidade.

“Nós da AADF temos um projeto de empregabilidade e através dele as pessoas com deficiência e que têm interesse de serem inseridas no mercado de trabalho nos procuram e nós cadastramos o seu currículo. Temos um banco lá e fazemos a ponte entre o contratante e essas pessoas. É importante lembrar que a APAE e o CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) também possui um projeto como esse para a inclusão de deficientes nas empresas”, explicou a assistente social da AADF Edna Assis.

Para o deficiente físico Marcelo Roberto da Silva, a vaga de trabalho oferecida na empresa é muito importante. “Tenho uma deficiência física devido a um acidente que eu sofri em 1.995 e me deixou com sequela, porém isso não é um empecilho para que eu deixe de procurar um emprego. Sempre trabalhei, inclusive sou pai de família e assim como eu, muitos deficientes precisam de uma oportunidade e de um emprego”, relatou.

Empresas aprovam a iniciativa e lembram das responsabilidades que as pessoas com deficiência devem ter no local de trabalho

Apesar das dificuldades que cada pessoa com necessidade especial possui, os empresários fazem questão de lembrar que eles recebem o mesmo tratamento que os demais funcionários, como relata a coordenadora de RH da GSP Loteamento Elisangela Kasuya. “É importante lembrar que ao contrário do que muitos pensam, as pessoas com necessidades especiais não recebem um tratamento diferenciado dos demais funcionários da empresa, muito pelo contrário eles também tem que cumprir as regras estipuladas pelo seu Coordenador e se empenhar para ter um bom crescimento na empresa. Na GSP nós temos 3 pessoas com deficiência, que por sinal são exemplos, altamente empenhados no que fazem e nunca se colocam na condição de deficientes”, ressaltou.

O coordenador de RH da Unimed Ourinhos André Luiz Andreotti relata que o aprendizado entre pessoas com necessidades especiais e demais funcionários é mútuo. “Essa oportunidade de emprego é muito importante pra eles que sentem-se valorizados e pra nós também que aprendemos muito com eles, pois a absorção de conhecimento é de ambas as partes e isso nos deixa satisfeitos”.

Para a analista de RH da INJEX Michele Castilho, com a obrigatoriedade da contratação de pessoas com necessidades especiais foi possível quebrar alguns pré-conceitos. “Com essa obrigatoriedade na contratação, foi possível quebrar os pré-conceitos e tirar a conclusão de que muitas vezes uma pessoa com deficiência possui um desempenho melhor na empresa do que aquela pessoa sem nenhum tipo de necessidade especial”.